terça-feira, 3 de junho de 2014

A criança com Síndrome de Down







O primeiro médico a fazer uma descrição clínica sobre a Síndrome de Down (SD) foi John Langdon Down, médico inglês que, em 1866, denominou a síndrome como “mongolismo”. Em 1958, descobriu-se que a síndrome tratava-se de uma alteração do cromossomo 21, isto é, ao invés de possuir 46 cromossomos por célula agrupados em 23 pares, o indivíduo apresentava 47.
Caracterizada por um atraso do desenvolvimento, tanto das funções motoras como das funções mentais, a SD faz com que o seu portador apresente algumas características específicas: quando bebê são molinhos e pouco ativos, perímetro cefálico menor, face com contorno achatado, nariz pequeno e cavidades nasais estreitas; pálpebras apertadas, boca e orelhas pequenas dentre outras.
Em relação ao desenvolvimento, as funções motoras e cognitivas estão interligadas, pois quanto ao desenvolvimento motor, às crianças com SD apresentam um atraso que depende muito da estimulação e interação da criança com seu meio, já o desenvolvimento cognitivo é decorrente da interação da criança com o ambiente e das mediações feitas a esta criança por pessoas próximas.
Esta mediação tem como ferramenta o lúdico-recreativo. As atividades centradas no prazer e no caráter lúdico possibilitam o aprimoramento das habilidades motoras humanas de modo progressivo por meio de brincadeiras, jogos, danças, entre outros, desenvolvendo com maior facilidade os aspectos, físico, motor, cognitivo, emocional e intelectual.
Dessa forma, os jogos de exercício, são uma forma de assimilação funcional e repetitiva, que formam hábitos, e esquemas sensório-motores. Quando algo se estrutura como forma, é assimilado, tende a ser repetido, gera prazer, satisfação e cria hábitos. A repetição de hábitos é fonte de significados, e pode ter sentido funcional ou estrutural.
A aprendizagem, através da brincadeira, torna-se função motivadora, ajudando, assim, o sindrômico de Down a desenvolver confiança em si e suas capacidades, começando a ter maior percepção a respeito do outro. Por este motivo, tanto o lúdico, como o ambiente no qual a criança está inserida, são importantes para seu desenvolvimento.
Mesmo que a brincadeira do portador de SD seja similar ao da criança normal, ela vai tender a ser menos explorativa, sendo importante apoiar-se em brincadeiras como, jogos com regras para que se tenha uma participação útil no trabalho de estimulação de sua sensibilidade, hábitos posturais e equilíbrio.
Com reeducação psicomotora e por meio de suas vivências, e interação com o mundo, a criança é levada a adaptar-se socialmente e tomar parte no seu processo de ensino-aprendizagem, pois o brincar aumenta a confiança em si mesma e em suas próprias capacidades e, a propósito, vencem seus limites explorando novos conceitos que a ajudarão a atingir a independência.
Entretanto, vale ressaltar que a família é parte importante nesse processo de desenvolvimento da criança com Down, pois a mesma constitui o sistema social que mais contribui de forma significativa, mesmo que outros sistemas como escolas possam contribuir para o seu desenvolvimento. Por isso, torna-se imprescindível que os pais sejam acolhidos em sua dor ao saberem da necessidade especial do filho para que os mesmos possam restabelecer a importância de seu papel na vida da criança.
Esse acolhimento por parte de profissionais e familiares é importante, pois possibilita que os pais se dediquem com mais veemência ao filho e se disponham ao cuidado necessário para seu pleno desenvolvimento emocional. Portanto, essa interação só vem a somar para o crescimento da criança com SD e possibilitar a sua inserção na sociedade.
Assim sendo, é no seio da família que a imagem estereotipada do portador de SD começa a mudar, tendo em vista que é através da brincadeira, do lúdico e do ambiente que ele é capaz de desenvolver habilidades e potencialidades que permitirão ter uma vida independente por meio das ferramentas que lhes foram oferecidas.
Por possuírem a singularidade inerente a cada ser humano, cada uma irá crescer e se desenvolver de acordo com suas particularidades, com oportunidade de compartilhar descobertas que revelem suas potencialidades, o que fará com que sua contribuição, por meio de seu trabalho no futuro, seja reconhecido pela sociedade. Portanto, respeitá-los como cidadão faz parte de uma sociedade democrática.
Referências
COUTO, T. H. A. M. (2007). A mãe, o filho e a Síndrome de Down Dissertação de mestrado, Centro de Ciências da Vida, Programa de Pós-Graduação em Psicologia. Pontifícia Universidade Católica de Campinas – PUC-Campinas, 134p.

quinta-feira, 29 de maio de 2014

LEITURINHAS


A leitura de historinhas, principalmente com rimas é importante para que as crianças possam melhorar seu  conhecimento, seu desenvolvimento físico e social. As crianças desenvolvem os músculos da boca e da língua ao falar as rimas e melhoram sua memória. Ouvir rimas ajuda as crianças a aprender como os sons se combinam para compor palavras e frases, e assim, elas começam a entender o ritmo da linguagem. Em todos esses aspectos, as rimas auxiliam a criança a aprender melhor a língua.








sexta-feira, 16 de maio de 2014

O QUE É PEDAGOGIA DO AFETO?




O termo Pedagogia do Afeto foi criado para designar relações interpesssoais de afetividade em sala de aula e está fundamentada na Psicologia Transpessoal conhecida como a quarta força, oriunda dos estudos de Maslow, Sutich, Fadiman e Grof, muito embora Jung, tenha sido o pioneiro a considerar a dimensão espiritual do ser humano.
 Nessa linha é que se fundamenta esse modelo de ensino voltado para o ser, pela necessidade de se pensar nas mudanças que ocorrem na contemporaneidade no que tange à educação dos indivíduos.
 A própria Educação prioriza os aspectos cognitivos do aluno em detrimento de outros fatores também importantes para o processo educativo. Mello (2004.p.18) nos adverte de que “não dá para pensar apenas na cabeça do aluno, pois o coração também é importante.”
 No século XXI a formação intelectual do aluno deve envolver também a sua formação emocional, ou então, corre-se o risco de enfatizar demais o cognitivo, formando indivíduos intelectualizados e desequilibrados emocionalmente. Os objetivos curriculares deverão contemplar equilíbrio emocional ecompetência profissional de modo que sejam lançados no mercado de trabalho seres humanos desejosos de melhor qualidade de vida.
Maturana (1999,p.15) define bem quando afirma que ”vivemos uma cultura na qual desvaloriza as emoções, e não vemos o entrelaçamento cotidiano entre razão e emoção, que constitui o viver humano, e não nos damos
 O ambiente de sala de aula, este espaço físico onde convivem seres humanos desempenhando os papéis de professor e de alunos tanto pode ser alegre, agradável, realizador e gratificante, quanto pode ser gerador de ansiedade, estresse, insegurança ou aversão. Podemos considerar também que esse conjunto de fatores bons ou ruins, em grande parte, é decorrente das relações pessoais que se estabelecem entre os próprios alunos, ou entre os alunos e seus professores.
  Como não se pode separar o pedagógico do humano, a qualidade de todo o processo de ensinar e de aprender, decorre do tipo de relações interpessoais que são mantidas em sala de aula. A Pedagogia do Afeto procura aplicar uma didática em sala de aula que possa permear de afetividade as relações docentes e discentes, de modo a melhorar a qualidade dos relacionamentos e a produtividade em sala de aula (França,2002).
 Sabemos que o processo educativo envolve a demonstração de competências e habilidades e uma serie de exigências e de fatores extrínsecos ao ambiente de sala de aula, tanto no que se refere ao aluno quanto ao professor. Sabemos também que as variáveis que mais interferem na ausência de aprendizagem do aluno estão situadas na sala de aula permeando a atenção, a motivação e o interesse do aluno.
Essas variáveis existem no aspecto físico (iluminação, ambientação, recursos didáticos e mobiliários) como também no aspecto humano (atitude do professor, metodologia utilizada, interação professor – aluno, interação aluno – aluno, nível de atenção, entre outros). Por isso, é de fundamental importância estabelecer relações de segurança, de cooperação, de amizade e de prazer em estar com os outros.
 Em geral em todo inicio de aula há a necessidade do professor direcionar a atenção dos alunos para a matéria daquele momento, para propor as atividades, porém nem sempre isso é possível quando se trabalha com crianças ou adolescentes que chegam com suas novidades e suas agitações tão próprias dessas fases de desenvolvimento.
 Para se conseguir a atenção de todos “A pedagogia do Afeto” se utiliza de técnicas de respiração ritmada acompanhada ou não de música suave. Adota também técnicas de relaxamento, de meditação, de automassagem, de interação afetiva, de visualização criativa, de trocas energéticas e de outras dinâmicas que possam favorecer relacionamentos interpessoais afetivos, cooperativos e otimizados.
 Para finalizar nos unimos a França (2002) quando afirma que a Pedagogia do Afeto pode complementar o trabalho da Psicopedagogia Preventiva, não só no seu objetivo de evitar dificuldades de aprendizagem, mas de otimizar relações humanas afetivas no ambiente escolar.

Artigo Encontrado no blog "Psicologia"
Autor: Maria Neusa dos Santos
Psicóloga



quinta-feira, 15 de maio de 2014

ENSINAR COM AMOR





As crianças aprendem o quem vivem..
Se a criança vive com críticas,
Ela aprende a condenar
Se a criança vive com hostilidade,
Ela aprende a agredir
Se a criança vive com zombarias,
Ela aprende a ser tímida
Se a criança vive com humilhação,
Ela aprende a se sentir culpada
Se a criança vive com tolerância,
Ela aprende a ser paciente
Se a criança vive com incentivo,
Ela aprende a ser confiante 
Se a criança vive com elogios,
Ela aprende aprende a apreciar
Se a criança vive com retidão,
Ela aprende a ser justa
Se a criança vive com segurança,
Ela aprende a ter fé
Se a criança vive com aprovação,
Ela aprende a gostar de si mesma
Se a criança vive com aceitação e amizade,
Ela aprende a encontrar o amor no mundo.